Colocar a mão na terra, plantar sementes, desenvolver valores relacionados às questões ambientais, além de uma alimentação nutritiva e saudável, tudo isso dentro do Campus. Esses foram os motivos que fizeram o curso de gastronomia da Unisinos planejar e implantar o projeto de uma horta orgânica no pátio da universidade.
Segundo a professora do curso de gastronomia Raquel Chesini, o projeto é fruto de um antigo sonho dela e de alguns colegas professores. “Há algum tempo eu pensava nessa ideia de termos uma horta orgânica dentro do campus, fomos conversando entre os colegas, amadurecendo o projeto e agora estamos conseguindo por em prática”, explica Raquel.
O espaço, que terá cerca de 50 metros quadrados, e será compartilhado com os cursos de biologia e nutrição, deverá estar pronto no início no próximo semestre e será utilizado pelos alunos para o plantio e o cultivo de verduras, frutas, legumes e temperos totalmente orgânicos, sem o uso de agrotóxicos. “Os alunos terão a responsabilidade de plantar e cuidar do que foi plantado, e ainda aprender a trabalhar com os produtos da época. Se um legume não dá o ano todo, por que ele precisa ser consumido o ano todo? Precisam aprender a substituir esse elemento por outro”, falou a professora.
Outro objetivo importante é formar cidadãos, para que eles sejam capazes de incentivar e promover hábitos alimentares saudáveis e educação ambiental dentro de um espaço acadêmico. “Nós, como produtores de orgânicos, precisamos pensar no próximo, no meio ambiente, até onde vamos contribuir com a sociedade?”, questiona a professora.
Raquel diz que essa iniciativa pode ajudar as pessoas a entenderem que é preciso ter calma para que a plantação cresça, e ter todo o cuidado para não usar agrotóxicos. “Muitas vezes as pessoas usam agrotóxicos nas hortas em casa sem saber. Elas vão à agropecuária, pedem um 'remédio' para por na plantação e na verdade elas acabam usando venenos. Até mesmo a terra usada para o plantio de orgânicos precisa ser analisada para ver se ela não esta contaminada por agrotóxicos”, conclui.
Fonte: Tenda Viva
